10 de julho de 2010.

Estamos completando um ano de Terapia de Grupo, logo logo. Nosso primeiro espetáculo profissional enquanto Cia. REKA  de Teatro. Nesse processo de construção tanto de uma Cia. como de um espetáculo passamos por árduos caminhos e ainda estamos construindo nossa maneira de trabalhar e pensar, o crescimento é diário. Falar de Terapia de Grupo é falar de um sonho não tirando aqui a responsabilidade de um trabalho profissional pois, isso não se justificaria. Terapia foi construído coletivamente e colaborativamente, onde o texto que foi criado, a partir de umas conversas entre eu e Drica, onde as idéias surgiram. Um certo surto de criação. Dividimos a construção do texto em 4 pessoas, mas ele serve como roteiro para que possamos criar enquanto atores/atrizes. Como fazer uma análise de um trabalho depois de um ano.... acho que precisamos de mais uma temporada eis que essa se inicia, pelos interiores do nosso estado. Serão 12 apresentações onde estaremos além de apresentando nosso espatáulo, ministrando uma oficina onde nessa será passado o nosso processo de criação para os demais grupo locais e artistas, para que esses tenham a possibilidade de conhecer nosso trabalho e nós aprendermos com eles, e vice -versa. Em breve o cronograma estará por aqui. Mas ainda assim hoje  temos Terapia de Grupo, está aí, construimos todo ele, a nossa maneira de ver, de pensar e de fazer teatro, usando o repertório de cada um dos integrantes, foi uma criação coletiva, não queriamos algo perfeito, não está pronto, mas está aí. É isso ai. É algo novo, porque somos novos, estamos com o gás todo, temos muito que aprender e errar juntas(o)s... mas não nada a definir, nada se define, se faz e nós fazemos... e sempre que leio essa passagem do texto de Lehmann..vem me a cabeça nosso espetáculo.....

Inaugure uma nova cena, na qual as figurações dramáticas serão reencontradas depois de tamanho distanciamento entre o drama e o teatro. As formas narrativas, a apropriação sóbria e mesmo trivial das histórias antigas, assim como a necessidade de um retorno das estilizações mais conscientes e artificiais, poderiam constituir uma ponte para escapar ao visgo das imagens naturalistas. Algo novo surgirá....[...][pp.240-41].(Lehmann,Hans-Thies/2004)

Surgiu.

Lucca, Lili.

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