Apenas uma conversa.

 Há mais ou menos uns 2 anos, não sei menos ou mais, em das edições do Aldeia- SESC/AL em um dia de discussões sobre nossa arte o que criamos e o que vemos, e principalmente como nos posicionamos, eu estava lá. E em um desses encontros conversávamos eu e Tácia. A Tácia da Cia. do Chapéu, e nos pergutavamos como fariamos para mudar a cena local, para trazer antes de qualquer púbico, nossos amigos artistas ao teatro. E quando nos perguntavamos nos questinavamos e Tácia me disse somos e estamos como arquipélogos.Sim, eu disse, que definição.Pensamos em escrever algo juntas mas não o fizemos, foi um encontro que passo, mas essa palavra volta e meia, volta a minha cabeça.

Sendo que um arquipélogo é um conjunto de ilhas e/ou ilhéus próximos uns dos outros. Não apenas no Aldeia mas em outras amostras que acontecem em nossos estado, em nossa cidade Maceió. Como nos posicionamos, como nos relacionamos com o que vemos, e com o que nos falam aqueles que vão ao teatro, para discutirmos sobre essa arte única. Sim o teatro por si só se basta concordo com isso, mas também concorodo com que disse Michalski em um de seus artigos nos cadernos de teatro, que o se não tivermos de discutir e pensar nossa arte, estará tudo feito, estará tudo pronto? Não acredito nisso.

Nos fassamos presentes, discutamos, vamos lá para ouvir, para aprender, para discordar, mas para parar e pensar que nossas criações artísticas tem espaço sim, são boas sim, mas podem ser melhoradas e repensadas. Podem ser vistas com um novo olhar, e se não aceitarmos esse, vejamos que mesmo assim é uma possibilidade. Afinal como nos colocou sabiamente Ryngaert:
"Ainda estamos longe do ato poético. Todos, você, eu, os atores, devemos marecear por muito tempo na ignorância, devemos trabalhar até o esgotamento para que uma só noite cheguemos perto do ato definitivo. E devemos estar frequentemente enganados e fazer com que nossos erros sirvam para alguma coisa."(pg 231)

Aprendemos sempre, mas vamos assumir esses arquipélogos próximos uns dos outros,  que não se falam que não se olhamm, que não aprendem um com o outro, que não falam sobre sua arte, pois temos um ego muitas vezes, que nos impede de falar, nos impede porque não queremos que o nosso seja atingido. Porque nos armamos, estamos perto, somos consistentes, mas estamos distantes, pois não nos permitimos crescer um com o outro.Mesmo sendo um arquipélogo hoje distante fisicamente, me sinto presente, isso aqui só é sobre mim, antes de tudo.
Vamos ao teatro, façamos teatro, todos com a consciência de que construimos obras de arte.

"A verdadeira questão continua a lembrar que o teatro sobrevive mal em um universo da comunicação raso demais, quando tudo se torna igual, e que a menor obscuridade é denunciada como falta de gosto? "(pg. 157/158 Ryngaert)

Encherguemos no escuro, eis aí o que devemos fazer, a obscuridade, é algo a ser visto, concorda comigo CHAL. Vamos ao Aldeia, afinal Fabrício nos espera, lá!
E que a Tácia comunique-se com os aquipélagos presentes ao seu lado, pois de longe basta enviar um sinal de fumaça, para que possamos dialogar, essa é a palavra, a qual necessitamos exercitar criticamente.

Merda a todos, aqui de longe.

Por -Lili Lucca






1 comentários:

Tácia disse...

Que lindo, ouvir um eco reverberá e não sentir-se só. A Saudade, do que temos e somos, nos nutre. amiga Lili, obrigada pela reflexão!